quinta-feira, 14 de março de 2013

A origem 13 - Realidade e Felicidade



Demorei para perceber a inexistência de uma única realidade comum. Durante toda minha vida trabalhei a idéia de que as pessoas, as coisas e as situações, precisavam ser moldadas a um único padrão que eu julgava vir de fora e estar intrínseco em cada pessoa recebê-lo. Padrões estes que muitos ignoravam e por isso, “fugiam da linha” e não encontravam suas felicidades.

Mas este raciocínio de realidade única é quebrado quando olhamos para as pessoas felizes pois, é exatamente pela falta de um padrão que elas são assim. Cada uma tem uma interpretação, um conceito, uma visão e, portanto, uma ação particular diante da existência.

De uma melhor e mais certeira forma, eu diria que cada um cria sua própria realidade, considerando-se que tudo o que foi citado surge por “iniciativa” de suas própria mentes.

Trocando em miúdos, há grande diferença entre o que é real e o que é material. O material é aquilo que coexiste em existência, o que é, ou pode ser, comum à percepção de todos. Por exemplo, uma cadeira é um objeto que pode ser percebido por qualquer ser, em qualquer parte do mundo, mesmo que muitos não entendam para que ela serve ou nem mesmo saibam de que se trata o objeto.

Já a realidade se trata da interpretação que cada ser aplica ao material e ao circunstancial; portanto, realidade não é necessariamente um conceito absoluto, mas relativo a cada ser que a cria em si mesmo.

Isso faz com que nós sejamos os únicos responsáveis pelo nosso sucesso e felicidade, porque temos o poder de mudar a nossa realidade, de escolher o que queremos pensar. Invertendo a ordem, a nossa realidade depende do que escolhemos pensar, da forma como pensaremos este pensamento e do quanto manteremos este pensamento em nosso ser, isto é, do quanto doaremos nossas emoções a estes pensamentos. 

Neste prisma, as emoções devem se manter submissas aos nosso pensamentos, do contrário, seremos fruto de pensamentos influenciados pelo meio e pelas circunstâncias advindas. É exatamente esta ocorrência que cria vítimas, pessoas que sempre estão se queixando de algo, falando das outras e se colocando em posição de vítima na vida.

Vítimas não podem alcançar a felicidade simplesmente porque não a constroem. Felicidade não é algo que se espera, mas é algo que se faz, realiza, constrói.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Objetização da mulher - Resposta Clarion


Em resposta ao vídeo do canal ClarionDeLaffalot do Youtube ( link abaixo ), faço minhas considerações.
 
 
Sobre a Objetização da mulher

- Existe Objetização?

Sim, existe

- É cultural ou biológica ?

As duas coisas.

- É possível combatê-la ?

A cultural sim.

- É desejável combatê-la ?

É necessário combatê-la na medida em que ela se torna objeto de exploração comercial e, também, provoca engessamento cultural nas sociedades, impedindo a proliferação de valores éticos/morais e de conhecimento cultural diversificado.

Em outras palavras, uma mulher que tem corpo bonito e rebola tende a se mais bem sucedida na sociedade que uma outra que estudou, cursou faculdades, tem sua carreira profissional bem sucedida e preza pela família. Isso é extremamente nocivo ao conhecimento científico/cultural/moral/social.

- Erradicada ou diminuída ?

A de origem cultural deve ser erradicada, já a biológica é natural e instintiva, sem ela não haveriam: sexo, procriação, libido,etc.

- Puritanismo também é objetização?

Totalmente, esse é um dos seus objetivos principais, podar o que considera inquestionável, a impureza do objeto.

- Sua opinião sobre a mulher ?

A mulher, em geral, é uma vítima e está correta (dentro do ponto de vista dela) em optar por um caminho que não é ilegal e vai lhe dar mais resultados. A questão moral é abalada na medida em que essa atitude "influencia", diretamente, o contexto social das gerações seguintes de forma negativa, levando-se em consideração a tendência à estagnação cultural.

- Sua opinião sobre a homem ?

O homem, da mesma forma, é vítima dentro do contexto de sua natureza biológica/hormonal. Lembro também que o "bullying social" é uma realidade, no caso daqueles que não coadunam com o aproveitamento desta objetização.

Existe também a minoria dos aproveitadores.( vale para a mulher )

- Sua opinião sobre as empresas ?

Empresa, entre outras coisas, é uma entidade que é criada pelo motivo de uma oportunidade, para suprir uma necessidade.  Nesse contexto elas estão corretíssimas, pois essa objetização fomenta diferentes "necessidades" na sociedade e ninguém quer morrer de fome.

As empresas são uma consequência lógica desse sistema.

O que vale mais: Uma bunda ou um cérebro?

 

sábado, 15 de setembro de 2012

Deus,Vale a pena?


Acordo e penso sobre eu e minha existência, faço perguntas como: eu existo para mim?Posso fazer por mim?Posso buscar algo, realizar, ser feliz para mim e para quem eu decidir ser?Posso lutar por aqueles de minha espécie? A humanidade deve se unir em prol do amor, fraternidade, manutenção da espécie,etc ?

Estas são perguntas que não podemos responder positivamente se levarmos em consideração um contexto de cristianismo e deus. A primeira reação de um religioso diante desta afirmação pode ser de repulsa, mas se ele se atentar às raízes de sua fé, vai perceber a realidade.

O cristão tem que acreditar que ele não existe para si mesmo, mas existe para glorificar e exaltar o criador. Ele não pode fazer por si mesmo, pois tudo o que ele fizer, deve ser para que o nome do seu deus seja glorificado.Ele não pode falar por si mesmo, mas deve negar sua própria identidade para testemunhar em nome do seu deus.Ele não pode buscar o que lhe agrada e dá prazer, pois deve negar a si mesmo, matar seus desejos, abrir mão de ser feliz por si mesmo, de viver, para seguir o seu deus.Ele não pode lutar pela humanidade, pois somente aqueles que crêem em seu deus devem ser incluídos em seu meio social, os demais devem ser postos para 'fora de suas congregações'.Ele não pode questionar (pensar) porque seu deus ordena que ele obedeça sem questionar, caso questione é taxado de rebelde ou desviado e, caso persista, é logo deixado de lado.

Ele não pode respeitar a toda a humanidade, pois o seu deus o ordena discriminar certas pessoas, mesmo que estas não causem nenhum mal à sua espécie.

O deus do cristão é tão misericordioso que basta que não se acredite nele, mesmo que não tenha sequer uma evidência de sua existência, para ser torturado pela ETERNIDADE. Melhor nunca se ter existido do que, existindo, viver sob as condições de dever uma vida que não se tem direito de viver (nem aqui,nem no suposto paraíso), a um ser que, se existir, é completamente apático e indiferente à sua suposta criação.

Vale a pena existir sob essas condições? Muitos podem dizer que vale a pena pois virá um 'paraíso' depois. Mas aí me vêem as mesmas perguntas que fiz no início.... O mais triste então.... Estando no paraíso, as mesmas respostas....

Vale a pena ?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O sentido da vida

 

Este título é muito pesquisado na internet e na vida real da grande maioria das pessoas. mas existe algo interessante quando resolvemos olhar para o mundo que nos rodeia e as pessoas que nele vivem, pois nos deparamos com intensa decepção nesta busca, do sentido da vida.

Talvez este buscar por um sentido não tenha sentido em si mesmo. Todos os sentidos declarados como encontrados são desprovidos de sentido, lhes falta coerência , sempre têm um começo, às vezes um meio, mas nunca um fim.

Entendo que isso pode acontecer porque de fato o sentido não está fora da nossa mente, do que formulamos para nós com base no exterior. Quando buscamos sentido fora de nossa mente, nos aliamos aos mais diversos tipos, mas nunca seguimos estes sentidos por completo, pois em dado momento, aquele sentido perde o sentido para nós.

É vão buscar o sentido da vida quando este não se busca, mas se cria. O sentido da vida é aquele que nós definimos, moldamos e perseguimos. Nós damos sentido às nossas vidas e, por conseguinte, determinamos os 'limites' de nossa felicidade.

Somos responsáveis pelo que cativamos mas, se não cativamos a nós mesmos, somos irresponsáveis. A primeira pessoa a quem temos que fazer feliz e dar sentido à vida somos nós mesmos.

Algumas pessoas dão sentido artístico às suas vidas e se doam para o teatro ou a TV, ou o circo, outras se entregam a obras sociais, outras viajam pelo mundo, outras vivem suas vidas em prol de constituir e manter famílias e isso lhes faz realizadas e felizes porque elas lutam pelo sentido que elas mesmas deram para si.

O sentido da vida é o persseguir a existência que planejamos para nós. Lutar por um ideal sempre é dar sentido à nossas vidas, mesmo que o alcancemos, devemos idealizar outro, mas sempre lutar; Isso nos dá sentido.

O sentido que vem de fora nos causa frustração pois não fomos nós que o criamos e nem seremos nós que vamos cumprí-lo. A realização pessoal vem pelo lutar por metas auto-impostas, isso é ser livre.

Se você é religioso ou adepto de alguma filosofia, não deixe isso dar sentido à sua vida, mas você mesmo dê esse sentido : ame, conquiste, grite,viva, faça amigos, chore, se alegre, perca, ganhe, seja feliz.... 


  

sábado, 28 de julho de 2012

Ignorância



Chego a várias linhas de pensamento, quando penso sobre o comodismo a que certas filosofias e sugestões nos levam. A falta do conhecer de fato: pessoas,  situações, causas,etc, nos faz pessoas injustas com todas as suas consequências.

Para evitar a injustiça, precisamos acabar com a ignorância. Alguém não ignorante é alguém liberto dos preceitos paradigmáticos criados por uma mente condicionada ao comodismo, uma mente "livre".

Educação liberta!! Leva à justiça e ao respeito!!

Não é necessário que esta educação, provinda do estudo, seja acadêmica, mas sim que exerçamos uma mente crítica e racional.  Isso nos fará mais: justos, honestos e coerentes.

As palavras acima me vieram à mente enquanto caminhava .



sábado, 14 de julho de 2012

A Origem 12 - Sem conforto



Diante do quadro geral dos abalados relacionamentos interpessoais e das situações de “caos individual” das pessoas, tenho me perguntado: Qual é o cerne dessas controversias ?  Qual é o ponto fundamental das falências pessoais?

Considero falências pessoais a constante insatisfação das pessoas com o mundo que as rodeia. O interessante é que esta insatisfação não tem origem externa, mas se origina da insatisfação que elas têm de si mesmas.

O indivíduo tende a ser como um passageiro de trem e espera que o trem o leve sempre pelos pastos mais verdes e paisagens mais vislumbrantes.

Esperamos que a nossa realidade se faça por si, como se tivéssemos algum mérito por apenas existirmos. Esperamos reconhecimento do que não fazemos ou somos, esperamos, esperamos...

Quando “vamos à luta”, a nossa principal motivação é reinvidicar o que esperamos, sem base ou fundamento. Desta forma nos alistamos na chamada “Massa de manobra” , facilmente manipulável. Somos guiados, ou pelo medo, ou pela nossa ignorância.

Guiados pelo medo, pois este é característica de quem é passageiro de trem quando o trem apresenta qualquer anormalidade durante um trajeto. O indivíduo não tem saída, ou espera pelo pior ou faz o pior. Guiados pela ignorância, pois reinvidicamos ativamente a inatividade, o comodismo, os nossos direitos não conquistados, mas concedidos “arbitrariamente”.

Existe uma máxima muito disseminada que afirma: “Seja você mesmo, não tente ser quem você não é”. Considero essa afirmação “falaciosa”, pois o conceito de “você” é extremamente subjetivo e vago.

Todo ser humano é alguém em constantes:  transformação, evolução, aprendizado, alternância entre experiências,etc. Não há como “engessar” um conceito de quem nós somos individualmente, a possibilidade de nos contrariarmos depois é altíssima.

Portanto, pedir a alguém que seja ela mesma é o mesmo que  soltar alguém no meio de um deserto e lhe dizer que volte para casa, dificilmente haverá algum sucesso nessa empreitada.

Da mesma forma, o conselho de ser como uma determinada outra pessoa, pode frustrar alguém ao ponto de fazê-la desistir, pois os seres humanos têm heranças de realidades diferentes entre si.

Entendo que o caminho correto é “fazer acontecer”, construir a pessoa ideal e ser a pessoa que você quer ser, não a que você supostamente é. A pessoa que você quer ser pode ser perfeitamente descrita, o que torna sua ação totalmente possível.

Quando tomamos a atitude de desenvolver nosso próprio ser, passamos a tomar a direção de nossa realidade e podemos nos focar em nossas objetivos, sem que obstáculos e limitações sejam vistos como tais, mas apenas como as fases de um bom vídeo game que nos fornecem mais experiência e maior proximidade do que queremos.

Concordo com a máxima :” Obstáculo é aquilo que enxergamos quando desviamos nossa visão do nosso objetivo” , desde que persigamos o nosso objetivo vestidos de nosso ser ideal.

sábado, 2 de junho de 2012

A origem 11 - Motivação e coragem


Existem várias afirmações muito famosas na área de motivação pessoal como: “ Nunca deixe alguém te falar que você não vai conseguir …” ou “  Tanto aquele que diz que é impossível quanto o que diz que é possível estão corretos”, etc. Estas afirmações definitivamente não funcionam se as considerarmos apenas no campo da análise e da consideração teórica.

Elas não devem ser entendidas como algo didático a se seguir para a obtenção de êxito em nossas vidas. Não vai adiantar muito utilizarmos apenas velhos métodos como: Pregar papéis com nossos objetivos escritos na geladeira, parede, tv, etc, colocar uma foto, ou várias, que tenham haver com nosso objetivo, como papel de parede no nosso PC, etc

Didáticas superficiais não nos causam transformação e nada podem fazer para nos ajudar a contento. Se elas ajudassem tanto assim como prometem, não teríamos um número incontável de palestrantes motivacionais que frequentemente ministram em uma mesma instituição, para as mesmas pessoas, pelos mesmos motivos.

Motivar, em meu modesto conceito, é “dar um motivo para”. O único motivo que vejo para que um ser humano tenha em sua vida é a sua própria felicidade/seu lugar ao sol. Se você desiste de lutar por isso, não adianta motivação externa.

Mas esse é o ponto, ”lutar por isso”. Aprendi uma coisa que penso ser interessante compartilhar: ”A felicidade é todo um processo constante, não um fim”. Não se deve lutar para alcançar a felicidade, mas deve-se ser feliz para viver a felicidade.

Pessoas felizes lutam, batalham, alcançam e continuam lutando e alcançando, e continuam sendo felizes.

Um fator é primordial para se ter felicidade, “CORAGEM”, grave esta palavra porque, sem ela, nenhuma conquista ou vivência tem sabor ou sentido. Certa feita eu me vi em cima de um prédio com outros amigos, um deles então começou a se equipar e vestiu a cadeira de segurança em alturas, preparou a corda com as amarrações e a jogou para baixo; Então ele se lançou de cima do prédio, preso somente àquela corda, foi descendo ate chegar ao chão com segurança.

Depois dele os outros fizeram o mesmo um a um e, quando chegavam ao chão, estavam em êxtase, realizados e sorridentes. Então eu me acheguei para perto do parapeito do prédio e olhei para baixo; o primeiro pensamento que me veio foi: “ Eu queria tanto sentir o que eles estão sentindo, mas isso é loucura, é muito alto e essa cordinha pode se romper. Não vou entregar minha vida a uma corda”.

Precisamos entregar nossas vidas a outras pessoas ou outros fatores: Quando vamos ao barbeiro( ou salão de beleza), entregamos nossas vidas a pessoas que tem navalhas e tesouras nas mãos, qualquer erro delas pode nos custar a vida ; Quando viajamos de avião, carro,etc, estamos rendidos dentro destes veículos.

O risco é algo constante em nossas vidas e nossas disposição e coragem em assumí-los, mesmo bem antes de suas ocorrências, é fator determinante para nossa felicidade.

Não adiantaria o quanto eu fôsse bonzinho, bem humorado e popular em minha vida, se eu não descesse por aquela corda, eu jamais teria êxito e realização.

Não há saída, ou nos livramos dos nossos medos ou vivemos uma mediocridade !