sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Objetização da mulher - Resposta Clarion


Em resposta ao vídeo do canal ClarionDeLaffalot do Youtube ( link abaixo ), faço minhas considerações.
 
 
Sobre a Objetização da mulher

- Existe Objetização?

Sim, existe

- É cultural ou biológica ?

As duas coisas.

- É possível combatê-la ?

A cultural sim.

- É desejável combatê-la ?

É necessário combatê-la na medida em que ela se torna objeto de exploração comercial e, também, provoca engessamento cultural nas sociedades, impedindo a proliferação de valores éticos/morais e de conhecimento cultural diversificado.

Em outras palavras, uma mulher que tem corpo bonito e rebola tende a se mais bem sucedida na sociedade que uma outra que estudou, cursou faculdades, tem sua carreira profissional bem sucedida e preza pela família. Isso é extremamente nocivo ao conhecimento científico/cultural/moral/social.

- Erradicada ou diminuída ?

A de origem cultural deve ser erradicada, já a biológica é natural e instintiva, sem ela não haveriam: sexo, procriação, libido,etc.

- Puritanismo também é objetização?

Totalmente, esse é um dos seus objetivos principais, podar o que considera inquestionável, a impureza do objeto.

- Sua opinião sobre a mulher ?

A mulher, em geral, é uma vítima e está correta (dentro do ponto de vista dela) em optar por um caminho que não é ilegal e vai lhe dar mais resultados. A questão moral é abalada na medida em que essa atitude "influencia", diretamente, o contexto social das gerações seguintes de forma negativa, levando-se em consideração a tendência à estagnação cultural.

- Sua opinião sobre a homem ?

O homem, da mesma forma, é vítima dentro do contexto de sua natureza biológica/hormonal. Lembro também que o "bullying social" é uma realidade, no caso daqueles que não coadunam com o aproveitamento desta objetização.

Existe também a minoria dos aproveitadores.( vale para a mulher )

- Sua opinião sobre as empresas ?

Empresa, entre outras coisas, é uma entidade que é criada pelo motivo de uma oportunidade, para suprir uma necessidade.  Nesse contexto elas estão corretíssimas, pois essa objetização fomenta diferentes "necessidades" na sociedade e ninguém quer morrer de fome.

As empresas são uma consequência lógica desse sistema.

O que vale mais: Uma bunda ou um cérebro?

 

sábado, 15 de setembro de 2012

Deus,Vale a pena?


Acordo e penso sobre eu e minha existência, faço perguntas como: eu existo para mim?Posso fazer por mim?Posso buscar algo, realizar, ser feliz para mim e para quem eu decidir ser?Posso lutar por aqueles de minha espécie? A humanidade deve se unir em prol do amor, fraternidade, manutenção da espécie,etc ?

Estas são perguntas que não podemos responder positivamente se levarmos em consideração um contexto de cristianismo e deus. A primeira reação de um religioso diante desta afirmação pode ser de repulsa, mas se ele se atentar às raízes de sua fé, vai perceber a realidade.

O cristão tem que acreditar que ele não existe para si mesmo, mas existe para glorificar e exaltar o criador. Ele não pode fazer por si mesmo, pois tudo o que ele fizer, deve ser para que o nome do seu deus seja glorificado.Ele não pode falar por si mesmo, mas deve negar sua própria identidade para testemunhar em nome do seu deus.Ele não pode buscar o que lhe agrada e dá prazer, pois deve negar a si mesmo, matar seus desejos, abrir mão de ser feliz por si mesmo, de viver, para seguir o seu deus.Ele não pode lutar pela humanidade, pois somente aqueles que crêem em seu deus devem ser incluídos em seu meio social, os demais devem ser postos para 'fora de suas congregações'.Ele não pode questionar (pensar) porque seu deus ordena que ele obedeça sem questionar, caso questione é taxado de rebelde ou desviado e, caso persista, é logo deixado de lado.

Ele não pode respeitar a toda a humanidade, pois o seu deus o ordena discriminar certas pessoas, mesmo que estas não causem nenhum mal à sua espécie.

O deus do cristão é tão misericordioso que basta que não se acredite nele, mesmo que não tenha sequer uma evidência de sua existência, para ser torturado pela ETERNIDADE. Melhor nunca se ter existido do que, existindo, viver sob as condições de dever uma vida que não se tem direito de viver (nem aqui,nem no suposto paraíso), a um ser que, se existir, é completamente apático e indiferente à sua suposta criação.

Vale a pena existir sob essas condições? Muitos podem dizer que vale a pena pois virá um 'paraíso' depois. Mas aí me vêem as mesmas perguntas que fiz no início.... O mais triste então.... Estando no paraíso, as mesmas respostas....

Vale a pena ?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O sentido da vida

 

Este título é muito pesquisado na internet e na vida real da grande maioria das pessoas. mas existe algo interessante quando resolvemos olhar para o mundo que nos rodeia e as pessoas que nele vivem, pois nos deparamos com intensa decepção nesta busca, do sentido da vida.

Talvez este buscar por um sentido não tenha sentido em si mesmo. Todos os sentidos declarados como encontrados são desprovidos de sentido, lhes falta coerência , sempre têm um começo, às vezes um meio, mas nunca um fim.

Entendo que isso pode acontecer porque de fato o sentido não está fora da nossa mente, do que formulamos para nós com base no exterior. Quando buscamos sentido fora de nossa mente, nos aliamos aos mais diversos tipos, mas nunca seguimos estes sentidos por completo, pois em dado momento, aquele sentido perde o sentido para nós.

É vão buscar o sentido da vida quando este não se busca, mas se cria. O sentido da vida é aquele que nós definimos, moldamos e perseguimos. Nós damos sentido às nossas vidas e, por conseguinte, determinamos os 'limites' de nossa felicidade.

Somos responsáveis pelo que cativamos mas, se não cativamos a nós mesmos, somos irresponsáveis. A primeira pessoa a quem temos que fazer feliz e dar sentido à vida somos nós mesmos.

Algumas pessoas dão sentido artístico às suas vidas e se doam para o teatro ou a TV, ou o circo, outras se entregam a obras sociais, outras viajam pelo mundo, outras vivem suas vidas em prol de constituir e manter famílias e isso lhes faz realizadas e felizes porque elas lutam pelo sentido que elas mesmas deram para si.

O sentido da vida é o persseguir a existência que planejamos para nós. Lutar por um ideal sempre é dar sentido à nossas vidas, mesmo que o alcancemos, devemos idealizar outro, mas sempre lutar; Isso nos dá sentido.

O sentido que vem de fora nos causa frustração pois não fomos nós que o criamos e nem seremos nós que vamos cumprí-lo. A realização pessoal vem pelo lutar por metas auto-impostas, isso é ser livre.

Se você é religioso ou adepto de alguma filosofia, não deixe isso dar sentido à sua vida, mas você mesmo dê esse sentido : ame, conquiste, grite,viva, faça amigos, chore, se alegre, perca, ganhe, seja feliz.... 


  

sábado, 28 de julho de 2012

Ignorância



Chego a várias linhas de pensamento, quando penso sobre o comodismo a que certas filosofias e sugestões nos levam. A falta do conhecer de fato: pessoas,  situações, causas,etc, nos faz pessoas injustas com todas as suas consequências.

Para evitar a injustiça, precisamos acabar com a ignorância. Alguém não ignorante é alguém liberto dos preceitos paradigmáticos criados por uma mente condicionada ao comodismo, uma mente "livre".

Educação liberta!! Leva à justiça e ao respeito!!

Não é necessário que esta educação, provinda do estudo, seja acadêmica, mas sim que exerçamos uma mente crítica e racional.  Isso nos fará mais: justos, honestos e coerentes.

As palavras acima me vieram à mente enquanto caminhava .



sábado, 14 de julho de 2012

A Origem 12 - Sem conforto



Diante do quadro geral dos abalados relacionamentos interpessoais e das situações de “caos individual” das pessoas, tenho me perguntado: Qual é o cerne dessas controversias ?  Qual é o ponto fundamental das falências pessoais?

Considero falências pessoais a constante insatisfação das pessoas com o mundo que as rodeia. O interessante é que esta insatisfação não tem origem externa, mas se origina da insatisfação que elas têm de si mesmas.

O indivíduo tende a ser como um passageiro de trem e espera que o trem o leve sempre pelos pastos mais verdes e paisagens mais vislumbrantes.

Esperamos que a nossa realidade se faça por si, como se tivéssemos algum mérito por apenas existirmos. Esperamos reconhecimento do que não fazemos ou somos, esperamos, esperamos...

Quando “vamos à luta”, a nossa principal motivação é reinvidicar o que esperamos, sem base ou fundamento. Desta forma nos alistamos na chamada “Massa de manobra” , facilmente manipulável. Somos guiados, ou pelo medo, ou pela nossa ignorância.

Guiados pelo medo, pois este é característica de quem é passageiro de trem quando o trem apresenta qualquer anormalidade durante um trajeto. O indivíduo não tem saída, ou espera pelo pior ou faz o pior. Guiados pela ignorância, pois reinvidicamos ativamente a inatividade, o comodismo, os nossos direitos não conquistados, mas concedidos “arbitrariamente”.

Existe uma máxima muito disseminada que afirma: “Seja você mesmo, não tente ser quem você não é”. Considero essa afirmação “falaciosa”, pois o conceito de “você” é extremamente subjetivo e vago.

Todo ser humano é alguém em constantes:  transformação, evolução, aprendizado, alternância entre experiências,etc. Não há como “engessar” um conceito de quem nós somos individualmente, a possibilidade de nos contrariarmos depois é altíssima.

Portanto, pedir a alguém que seja ela mesma é o mesmo que  soltar alguém no meio de um deserto e lhe dizer que volte para casa, dificilmente haverá algum sucesso nessa empreitada.

Da mesma forma, o conselho de ser como uma determinada outra pessoa, pode frustrar alguém ao ponto de fazê-la desistir, pois os seres humanos têm heranças de realidades diferentes entre si.

Entendo que o caminho correto é “fazer acontecer”, construir a pessoa ideal e ser a pessoa que você quer ser, não a que você supostamente é. A pessoa que você quer ser pode ser perfeitamente descrita, o que torna sua ação totalmente possível.

Quando tomamos a atitude de desenvolver nosso próprio ser, passamos a tomar a direção de nossa realidade e podemos nos focar em nossas objetivos, sem que obstáculos e limitações sejam vistos como tais, mas apenas como as fases de um bom vídeo game que nos fornecem mais experiência e maior proximidade do que queremos.

Concordo com a máxima :” Obstáculo é aquilo que enxergamos quando desviamos nossa visão do nosso objetivo” , desde que persigamos o nosso objetivo vestidos de nosso ser ideal.

sábado, 2 de junho de 2012

A origem 11 - Motivação e coragem


Existem várias afirmações muito famosas na área de motivação pessoal como: “ Nunca deixe alguém te falar que você não vai conseguir …” ou “  Tanto aquele que diz que é impossível quanto o que diz que é possível estão corretos”, etc. Estas afirmações definitivamente não funcionam se as considerarmos apenas no campo da análise e da consideração teórica.

Elas não devem ser entendidas como algo didático a se seguir para a obtenção de êxito em nossas vidas. Não vai adiantar muito utilizarmos apenas velhos métodos como: Pregar papéis com nossos objetivos escritos na geladeira, parede, tv, etc, colocar uma foto, ou várias, que tenham haver com nosso objetivo, como papel de parede no nosso PC, etc

Didáticas superficiais não nos causam transformação e nada podem fazer para nos ajudar a contento. Se elas ajudassem tanto assim como prometem, não teríamos um número incontável de palestrantes motivacionais que frequentemente ministram em uma mesma instituição, para as mesmas pessoas, pelos mesmos motivos.

Motivar, em meu modesto conceito, é “dar um motivo para”. O único motivo que vejo para que um ser humano tenha em sua vida é a sua própria felicidade/seu lugar ao sol. Se você desiste de lutar por isso, não adianta motivação externa.

Mas esse é o ponto, ”lutar por isso”. Aprendi uma coisa que penso ser interessante compartilhar: ”A felicidade é todo um processo constante, não um fim”. Não se deve lutar para alcançar a felicidade, mas deve-se ser feliz para viver a felicidade.

Pessoas felizes lutam, batalham, alcançam e continuam lutando e alcançando, e continuam sendo felizes.

Um fator é primordial para se ter felicidade, “CORAGEM”, grave esta palavra porque, sem ela, nenhuma conquista ou vivência tem sabor ou sentido. Certa feita eu me vi em cima de um prédio com outros amigos, um deles então começou a se equipar e vestiu a cadeira de segurança em alturas, preparou a corda com as amarrações e a jogou para baixo; Então ele se lançou de cima do prédio, preso somente àquela corda, foi descendo ate chegar ao chão com segurança.

Depois dele os outros fizeram o mesmo um a um e, quando chegavam ao chão, estavam em êxtase, realizados e sorridentes. Então eu me acheguei para perto do parapeito do prédio e olhei para baixo; o primeiro pensamento que me veio foi: “ Eu queria tanto sentir o que eles estão sentindo, mas isso é loucura, é muito alto e essa cordinha pode se romper. Não vou entregar minha vida a uma corda”.

Precisamos entregar nossas vidas a outras pessoas ou outros fatores: Quando vamos ao barbeiro( ou salão de beleza), entregamos nossas vidas a pessoas que tem navalhas e tesouras nas mãos, qualquer erro delas pode nos custar a vida ; Quando viajamos de avião, carro,etc, estamos rendidos dentro destes veículos.

O risco é algo constante em nossas vidas e nossas disposição e coragem em assumí-los, mesmo bem antes de suas ocorrências, é fator determinante para nossa felicidade.

Não adiantaria o quanto eu fôsse bonzinho, bem humorado e popular em minha vida, se eu não descesse por aquela corda, eu jamais teria êxito e realização.

Não há saída, ou nos livramos dos nossos medos ou vivemos uma mediocridade !  

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A origem 10 - Servidão





Você pode argumentar o que costumo ouvir de pessoas crédulas, como: " Mas nada pode ser feito com exagero, tudo precisa de equilíbrio, de balanceio". Se é assim que você pensa, posso afirmar com certeza que você ainda não leu e estudou o deus da bíblia, pela bíblia.

Grande parte das pessoas, na realidade, não crêem no deus da bíblia, mas formam um deus em suas mentes segundo as suas próprias conveniências. É uma espécie de tapa-buracos que é utilizado sempre que não se entende algo ou que se passa por uma situação difícil. Um deus a tira colo, anjo da guarda, amigo imaginário...

A bíblia é utilizada, em suas partes "adequadas" para se moldar ao deus que as próprias pessoas criam em suas mentes. Isso é muito perigoso, pois as pessoas passam a creditar suas conquistas a esse tal deus e suas derrotas a si mesmo; O que faz com que elas se sintam sempre frustradas e incapazes, infelizes.

Essa infelicidade existe mesmo que subconsciente, e leva o indivíduo a buscar sempre os meios mais difíceis para se sair das mais diversas situações da vida. Contar com uma ajuda que nunca chega, atrapalha ou até anula a possibilidade de alguém alcançar seus objetivos . Essas são algumas desvantagens desse amigo imaginário.

Já o deus da bíblia é claramente um senhor que exige servidão de seus súditos, um escravizador que exige que, aqueles que se propõem a seguí-lo, se anulem em seus intelectos até mesmo para acreditar nele.

 Negar a si mesmo é matar a si mesmo, é destruir a própria realização , é simplesmente abrir mão totalmente da própria felicidade para cegamente e infundadamente seguir à imaginação, à fantasia.
O deus da bíblia definitivamente não quer a felicidade de seus seguidores, mas somente a sua própria, adoração eterna a si mesmo, honra, louvor e glória a si mesmo. Tudo o que ele faz é para este propósito.

Como pode deus ter te criado com um cérebro, capacidade de raciocinar, sonhar e realizar e, ao mesmo tempo te podar de fazer isso em prol de seus próprios deleites. não existe algo errado com isso ?

Um servo (escravo) não tem vontades, portanto, não tem realizações próprias, não tem felicidade própria, é apenas um espelho das vontades de seu senhor. É isso que você quer para você ?

Por favor. Seja feliz

terça-feira, 8 de maio de 2012

A origem 9 - amor ???

O desapego que eu desenvolvia diante daquele novo prisma de visão das coisas foi, aos poucos, minando minha vontade própria, fazendo com que meus sonhos definhassem, matando minha auto-estima e me anulando para mim mesmo e para as pessoas com quem eu mantinha contato.

Cheguei a quase o ponto de um zumbi, pois meu quereres estavam quase que totalmente dentro do que o deus da bíblia determinava. O ponto era servir a ele e somente a ele, não desejar as coisas do mundo, não ser amigo do mundo, não procurar meus sonhos mas somente os sonhos que ele porventura me desse.

Eu estava mergulhado na escravidão de mim mesmo, pois os tais sonhos de deus nunca apareciam; Mas eu me contentava com os velhos bordões religiosos vazios e efêmeros, do tipo: “Deus tem um grande plano na sua vida”,” Jesus te ama de uma maneira especial”,”Você tem um grande chamado, vai ser muito abençoado”, etc

A minha vontade de acreditar em tudo aquilo era infinitamente maior que a minha razão, pois nada daquilo tinha significado verdadeiro; As mesma palavras eram repetidas maçantemente a outras pessoas, sem o menor cuidado

Caí em um mar doentio de falsa piedade, onde tinha que negar a mim mesmo, desfazer-me de meus sonhos, de meu orgulho, de minha estima e de minha coragem, para encarnar os sonhos de deus, o orgulho de deus, e tudo o mais de deus.

Passei a condenar o que deus condena em detrimento de meus próprios valores. Um exemplo disso é que, apesar de não ser homossexual ou homoafetivo, em minha crítica, eu não encontro nenhuma base para condenar alguém deste “seguimento” à tortura eterna.

Se eu amásse um homossexual, ou qualquer outra pessoa, assim como o deus da bíblia afirma amar, eu seria incapaz de condená-lo em qualquer instância. Isso talvez indique que meus valores morais devam ser ainda maiores que o deste deus.

Segundo a bíblia, nada pode separar alguém do amor de deus, nem mesmo a morte. Convido você leitor a pensar honestamente, se isso é verdade, por que deus condena tantas pessoas à tortura eterna ?

Eu desafio você, que lê estas simples e mal escritas linhas, a ser honesto consigo e a por “na mesa” o deus bíblico.

Veja que a bíblia nos ensina que o amor de deus pela humanidade é incondicional, pois nada poderá nos separar deste amor, qual seria então a resposta à pergunta que fiz acima ?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A origem 8 - Cristianismo


Passei um bom tempo de minha vida me perguntando:” Por que a crença em deus é algo tão dogmático nas sociedades e o racionalismo é tão rejeitado?”. Fato é que o racional é perfeitamente verificável e comprovável, além de ser a verdade do que nós vivemos, já o irracional, ou espiritual, como preferirmos, é totalmente abstrato e fantasioso, não comprovável e não corresponde à realidade em que vivemos.

Falando de deus, mais especificamente do deus cristão, facilmente conseguimos entender sua inexistência ou sua apatia diante da humanidade, basta apenas que nos desvinculemos da vontade de crer e nos utilizemos de nossa racionalidade lógica.

É fácil perceber que absolutamente nada do que é pedido ao deus cristão, no nome de seu filho Jesus, ocorre. Quem conhece a Bíblia , única regra de fé dos cristãos, sabe que esta promessa é enfatizada pelo próprio Jesus no evangelho de João 14:13,14; 16:24 . Faça o teste você mesmo !

Várias gerações já se passaram desde a morte de Jesus e sua volta ainda não aconteceu, estaria ele mentindo ou a promessa de Mateus 24:34, na verdade, nunca foi feita ?

A Bíblia cristã tem 2000 contradições catalogadas, e milhares de interpretações documentadas através das mais variadas doutrinas que se formam em torno dela. Cada doutrina segue a linha proselitista, que torna os cristãos altamente excludentes e sectários.

Quando falei da vontade de crer, fui impulsionado pelo forte desapego à lógica racional que este ato nos trás. Quando queremos acreditar em algo, no lugar de simplesmente deixar que aquele algo se mostre testável e empírico, agimos em detrimento de nossa razão; Essa atitude nos desvirtua do mundo em que vivemos e nos faz criar uma realidade fantasiosa para satisfezar nossos anseios.

Depositar nossa confiança fora de nós mesmos é como entregar nosso ser ao unicórnio cor de rosa das montanhas vermelhas do lugar desconhecido; Altamente perigoso.

Encontrei-me perdido ao perceber o quão alienado eu estava. Minha vida se resumia a estudar a Bíblia, escritos judaicos, casa-trabalho-igreja; Eu procurava aprofundamento e vida de fato dentro dos padrões das escrituras bíblicas.

Minha vontade de viver a bíblia era tão grande, que minha mente relativizava as contradições notórias e a extrema desumanidade de deus constantes neste livro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A origem 7 - Fugindo da felicidade



Amigos imaginários são exatamente aquilo que queremos que eles sejam, isso ocorre simplesmente porque eles não têm personalidade própria, não podem falar ou dar opinião , não podem influenciar nossas vidas sem que nossas mentes sugestionem uma possível intervenção.

Nós decidimos quando conversamos com eles e o que podemos atribuir como sendo uma resposta ou manifestação dos mesmos; Nós ditamos as regras desse relacionamento.

Se sairmos nas ruas perguntando às pessoas : “ Para você o que ou quem é deus? “ certamente teremos respostas diversas que não se convergem. Mesmo quando submetemos pessoas de um mesmo credo a esta pergunta, encontraremos conceitos distintos de o que ou quem seria deus.

Muitas pessoas definem deus como algo inefável, este conceito é bem complicado também, pois tudo o que não tiver uma explicação racional para estas pessoas, terá seu conceito abstraído para o que é inexplicávell, no caso, deus. Deus servirá como uma espécie de “tapa-buracos” intelectual.

Esse amigo imaginário é perigoso porque tira as pessoas de suas realidades, não as deixando viver o hoje, fazendo-as basear suas vidas somente em esperanças. Essas esperanças são vâs, pois, em geral, não se concretizam, gerando frustração com afirmações como: “ Não era mesmo da vontade de deus”.

As pessoas não vivem suas próprias vidas, mas passam a viver à mercê de seus relacionamentos com um amigo senhor imaginário que, na verdade, é totalmente indiferente aos seus: anseios, necessidades, pedidos e orações.

A possibilidade de uma oração a deus ser respondida, é a mesma de qualquer pedido feito ao unicórnio cor de rosa que vive na montanha, responder. Tudo não passa de uma relação entre uma pessoa real e um ser imaginário totalmente indiferente a esta pessoa., simplesmente pelo fato de não existir.

Viver fugindo do hoje é viver fugindo da felicidade, pois o hoje é tudo o que temos e é onde nós podemos atuar para a nossa realização. O passado não pode ser alterado e o futuro não existe.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A origem 6 - Sem motivos



Em nossa sociedade e, como sociedade herdeira de complexidades e fragmentos históricos e culturais, formamos, ao longo da história, uma matriz de vida a qual chamamos comumente de “sistema”, ou o “sistema do mundo”.
Essa matriz nos forma moralmente, nos guia para que formemos nossos paradigmas, a partir deles então teremos nossos conceitos fundamentais formados, para que possamos lidar com as mais diversas situações da vida.

As informações contidas nessa matriz provém de fontes: científicas (comprovadas, experimentadas e testadas), empíricas e irracionais ( folclores, lendas, costumes, religiões, etc).A escolha que fazemos entre nos centrar em uma ou outra fonte, entre racionais e irracionais, vai nos ajudar a desenvolver nossa forma de encarar a vida e o mundo.

Geralmente somos propensos a nos centrar na irracionalidade, porque ela nos leva a uma fuga da realidade que nos permeia. Isso pode trazer consequências não muito boas, posto que a irracionalidade é impotente frente aos fatos da vida cotidiana.

O irracional é incerto e improvável, muitas vezes imposto por nossa cultura. Pessoas que nascem na Índia tendem a viver com crenças nos mais diversos dentre os cerca de 35000 deuses de sua cultura.  A civilização Viking , no norte da Noruega e outras partes, cultuava a Odin , Buda é reverenciado, principalmente, na cultura oriental.

Todas essas crenças e demais espalhadas pelo mundo, na prática e, em realidade, não podem passar de mensagens passadas aos seus seguidores, pois nenhuma delas resiste a testes comprobatórios de suas realidades.
Nada, além do natural, pôde ser comprovado cientificamente até hoje. Muito é falado e disseminado ao longo dos anos, mas nada pode ser  realmente comprovado através de testes e experimentos.

O mágico e cético canadense James Randi , há anos, desafia qualquer pessoa que professe o sobrenatural, a por à prova sua crença por meio de testes comprobatórios. Ele oferece atualmente um prêmio de 1 milhão de dólares a quem comprovar a existência do sobrenatural , mas todos os numerosos testes  feitos até hoje foram frustrados.

As pessoas geralmente não se perguntam porque creem em deus; Eu acredito que umas das razões para isso é que “deus”  é algo que não tem uma definição absoluta, o que permite que cada pessoa molde um conceito de deus dentro de si . Dessa forma, “deus” sempre será um ser perfeito e maravilhoso, como um amigo que criamos imaginariamente em nossas mentes.

domingo, 25 de março de 2012

A Origem 5 - Irracional 2


Existe uma outro problema também; Quando trabalhamos com crenças irracionais, elas costumam absorver nossas lacunas de conhecimento, capacidade e sentimento.

Quando não temos conhecimento de algo ou o conhecemos parcialmente, costumamos sobrenaturalizar as explicações sobre este algo, atribuindo a crenças como: espíritos , demônios, maldições, bênçãos, deus, diabo, etc. O mesmo acontece quando nos sentimos incapacitados diante de algumas situações da vida, como a iminência da morte, por exemplo.

Tais crenças são utilizadas para saciar sentimentos mais nobres e mais instintivos, como: ódio, raiva, vingança, ansiedade, alegria, etc.

A irracionalidade dessas crenças é fácilmente comprovada quando as pomos à prova, mas a falácia da força da maioria, do folclore cultural global funciona como lobby de controle de massas. Isso acontece de forma tal que, para certas crenças, há um consenso geral de não negação, sob pena de exclusão, dos indivíduos não crentes, dos padrões sociais e morais da sociedade.

.......

terça-feira, 20 de março de 2012

A Origem 4 - Confundindo


Existe um paradigma muito forte criado ao longo da história da humanidade, ele nos diz resumidamente que: " É impossível ao homem viver sem alguma crença (irracional), estas são necessárias à vida." Mas, na prática, percebemos que esta não é uma afirmação absoluta.

É verdade que muitas pessoas usam as crenças para enfrentar a vida, como uma forma de complemento de suas esperanças ou conforto de suas permanentes ou passageiras impossibilidades, mas outras pessoas demonstram lidar muito bem com a vida sem qualquer crença irracional.

Crenças irracionais são aquelas que não tem fundamento racional, ou seja, não podem ser demonstradas, testadas e comprovadas por qualquer pessoa em sã consciência. Acreditar no papai Noel, por exempo, é uma decisão pessoal ligada à crença; Não é algo que se decide com base em testes e comprovações.

Em geral, uma criança é ensinada sobre a existência do papai Noel e oque ele faz, ouve outras crianças repetirem os ensinamentos de seus pais a respeito dele e descarta seu censo racional investigativo ( para testar aquela afirmação ), em prol de um censo comum irracional.

Com o passar do tempo, a criança vai desenvolvendo seu senso crítico investigativo e começa a pôr à prova suas crenças, tendo como referencial a realidade experimentada que agora pode perceber. Fazendo isso, o papai Noel não se sustenta e passa a ser uma fábula em sua razão; Mas ela ainda tem a possibilidade de optar por manter esta crença, por entender que "fantasias" podem fazer bem para a sua vida. Mesmo sabendo que aquela crença não é verdadeira, não é racional, a criança ou a pessoa a mantém como forma de fuga da realidade.

O problema , ao meu ver, acontece quando a crença pessoal é confundida com a realidade, e a pessoa entende que a sua realidade é a sua crença. neste caso, não existe um verdadeiro discernimento entre realidade e fantasia; Podendo estas serem uma só realidade ou absolutamente invertidas, ao ponto de a pessoa negar confirmações científicas em nome de sua crença não testada.

Continuaremos.... 

sábado, 17 de março de 2012

A Origem 3 - Irracional



Carregar uma crença irracional, seja no que for, é criar uma "realidade irreal" ; E se colocar na posição de dependência de tal crença, é negar a própria vida/existência, por conseguinte, a própria felicidade.

 Quando crianças somos "instigados", quer pela família, quer pelo mundo, a convivermos com certas crenças, como o papai Noel e a cegonha que trás os bebês, por exemplo; E, com o passar do tempo, somos confrontados com a realidade, e crenças desta natureza ja não mais encontram espaço em nossas mentes.

As crenças irracionais existem para cobrir lacunas do conhecimento que se sustentam, ou por ignorância ou por incapacidade (absoluta ou temporária) de se lidar com as verdades; Outro aspecto das crenças é que elas são utilizadas, culturalmente, como forma de amenizar a realidade dura da vida, criando uma saída ilusória  para tal.  



O papai Noel ajuda a fazer com que a criança não sofra com os ardis do capitalismo que consome a vida das pessoas, afinal, não é interessante que uma criança conviva com o conceito de mercado, isso poderia lhe prejudicar a infância.

Tanto a crença no papai Noel como na cegonha que trás bebês estão, cada vez mais, sendo exorcizadas da sociedade. O que tem causado um alto índice de prematuridade em nossas crianças. As crianças de hoje já não são como as de ontem, tem muito mais conhecimento da realidade, muito mais independência intelectual e, destaco, muito mais opinião.

Isso me faz entender que a tendência a crenças irracionais obscurece a realidade tornando as pessoas passíveis de sugestão mental (pela credulidade)e facilmente manobráveis. Isso torna o povo uma total massa de manobra e ludibriação.

Faz-me entender também que, a busca pelo conhecimento das realidades que nos rodeiam, nos torna seres livres, pensantes e influentes em nossa sociedade, e nos dá o poder da opinião própria.

Essa liberdade nos faz olhar para as pessoas como semelhantes, querermos ser e fazê-las felizes, pois não há nada que insinue exclusivismo quando não se tem crenças irracionais, mas um senso comum de respeito e convivência para a manutenção da espécie reside com intensidade em nossas mentes.

Querido leitor, te convido a fazer uma avaliação em sua mente, procurando qualquer coisa que exista nela que tenha como definição ser uma "crença irracional". Falaremos dela ....

quarta-feira, 14 de março de 2012

A origem 2 - Renegando


Por que viver o que não é vida ? Por que buscar o irreal quando temos uma realidade tão curta para sentir e viver ? Por que buscar uma verdade fora do empírico, se tudo o que nós temos como comprovado é o que somos, o que está ao nosso redor e o que podemos alcançar com o que somos ?

Vivemos como zumbis vagantes por esta terra quando, abrimos mão de nossa realidade para vivermos ilusões. O que sabemos como fato é que temos apenas uma vida para viver, depois dela já não se tem comprovação de nada. Não há como termos certeza de absolutamente nada após a nossa morte, mas podemos ter certeza do que temos e vivemos neste mesmo instante.

A preocupação com o amanhã mata o hoje e faz com que projetemos o passado no futuro. Como não existem  dados em nosso conhecimento a respeito do futuro, temos que usar o que está ao nosso alcance, o conhecimento do passado. Desta forma, amarramos uma "corda no pescoço" do nosso futuro, prendendo-o ao passado e destruímos nossas realização no presente, que é tudo o que realmente temos.

Da mesma forma e com maior intensidade, ocorre com a preocupação com o que vai acontecer após a morte; Quando temos essa preocupação em nossas mentes, destruímos nosso presente, que é a nossa única vida, aquilo que podemos afirmar ter certeza de existir.

O medo do desconhecido nos faz preencher nossas lacunas de esperança com coisas intangíveis, que nos saciam e amenizam nossas ansiedades ignorantes. No lugar de assumirmos nossa ignorância e vivermos a nossa vida , quer buscando o conhecimento quer não, preenchemos ela com fantasias, crenças, mitologias, folclores e misticismos. Estes, por sua vez, escravizam nosso entendimento nos fazendo renegar tudo o que o verdadeiro conhecimento descobre comprovadamente.

Renegamos a tudo em prol de algo em que decidimos, irracionalmente, crer.

Vêm os sons, os odores, as paisagens, os gostos, as mãos para cumprimentar..... Mas as crenças nos deixam indiferentes a tais.


terça-feira, 13 de março de 2012

A origem



Finalmente resolvi escrever, pode parecer estranho posto que esta não é a primeira vez que escrevo sobre algum tema ou qualquer coisa. Mas, desta vez não há alguém me monitorando 24 horas, não existe uma opressão em meus pensamentos.

Durante anos não vivi, essa expressão paradoxa reflete bem a realidade das coisas. Quando os fatos te rodeiam, se mostram para você, se fazem sentir e ouvir, e sua mente se mostra indiferente, alienada à realidade; Quando o que sua mente vive não é o que você realmente precisa saber; Quando você está preso na matrix.

A muito tempo assisti a esse filme, "Matrix", e, depois de alguns anos percebi que ela existe , de uma outra forma, mas existe. Ela acontece quando se submete a mente a uma "realidade" aquém da realidade física.Quando criamos conceitos e paradigmas intocáveis e improváveis; Quando desejamos acreditar em algo pelo simples ato de crer.

Percebi a escravidão a que me submeti ao longo desses anos, quando meus desejos e anseios eram totalmente suprimidos, quando a culpa das minhas culpas era remetida a um "ser" na matrix, quando meus sucessos ( quase inexistentes ) eram todos pertencentes à matrix. Enfim, eu não vivi.

Se existe o segredo da felicidade este, para mim, é escapar de qualquer coisa que escravize o intelecto. A escravidão intelectual é frustradora, opressora e destruidora. Qualquer crença irracional escraviza o cérebro e diminui radicalmente a sociabilização de um indivíduo. O senso exclusivista provindo do "crer", fomenta o ego causando individualismo exacerbado; Isso alimenta a violência, o ódio e a intolerância tornando insustentável qualquer possibilidade de paz e felicidade.

As questões são: O que existe e pode ser percebido com nossos 5 sentidos, seja hoje ou amanhã ?  E o que podemos fazer para dominar isso em prol de nossa felicidade ? O que podemos fazer para tornar outras pessoas felizes dentro desse mesmo contexto? 

Está nas nossas mãos. Nós decidimos se queremos uma matrix para as nossas vidas; Nós decidimos se somos os caçadores de felicidade ou se somos a própria felicidade.